Quem criou o PIX? Esta é uma das perguntas mais frequentes entre os brasileiros que utilizam diariamente o sistema de pagamentos que transformou completamente as transações financeiras no país. Com mais de 140 milhões de usuários ativos e movimentando trilhões de reais anualmente, o PIX se tornou o meio de pagamento mais popular do Brasil em tempo recorde.
A resposta, no entanto, vai muito além de um nome específico. O PIX foi criado pelo Banco Central do Brasil, resultado do trabalho de uma dedicada equipe de servidores públicos que, entre 2016 e 2020, desenvolveram o sistema de pagamentos instantâneos mais avançado e inclusivo do mundo.
Neste guia completo, você descobrirá não apenas quem criou o PIX, mas toda a fascinante história por trás de sua criação: desde as primeiras ideias em 2016 até sua implementação revolucionária em 2020, passando pelos desafios técnicos, resistências iniciais dos bancos e os bastidores que poucos conhecem.
Prepare-se para conhecer os verdadeiros responsáveis por esta inovação que colocou o Brasil na vanguarda mundial dos sistemas de pagamento digital.
Índice
- Resposta Rápida: Quem Criou o PIX
 - O que é o PIX e Por Que Foi Criado
 - Timeline Completa: Como o PIX Foi Desenvolvido
 - Principais Responsáveis pela Criação
 - Inspirações e Referências Internacionais
 - Processo de Desenvolvimento Técnico
 - Governos e Gestões Envolvidas
 - Impacto e Resultados Obtidos
 - PIX vs Sistemas Internacionais
 - Curiosidades e Bastidores
 - Futuro do PIX
 - Perguntas Frequentes
 
Resposta Rápida: Quem Criou o PIX?
O Banco Central do Brasil Como Criador
O PIX foi criado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), especificamente por sua equipe técnica de servidores de carreira. Não foi obra de uma pessoa específica, mas sim o resultado de um trabalho coletivo e multidisciplinar que envolveu economistas, engenheiros, especialistas em tecnologia e reguladores financeiros.
Como afirmou o próprio Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central: “Quem criou o PIX? Na minha opinião, o Banco Central. O funcionalismo. Não foi fulano ou ciclano”. Esta declaração ressalta a natureza colaborativa do projeto e o papel fundamental dos servidores públicos na criação desta inovação.
Equipe Técnica Responsável
A criação do PIX envolveu diversos departamentos do Banco Central:
- Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decomfi)
 - Departamento de Tecnologia da Informação (Deinf)
 - Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos
 - Equipes de regulamentação e supervisão bancária
 
Cronologia Resumida (2016-2020)
2016: Primeiras ideias e conceitos
2018: Início oficial do desenvolvimento com a Portaria nº 97.909
2019: Especificações técnicas e testes
2020: Lançamento oficial em 16 de novembro
O que é o PIX e Por Que Foi Criado?
Definição e Funcionamento
O PIX é o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, criado pelo Banco Central, que permite transferências e pagamentos em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo feriados. Diferentemente de outros meios de pagamento, as transações via PIX são liquidadas em poucos segundos.
Principais características do PIX:
- Transferências instantâneas (menos de 10 segundos)
 - Funcionamento 24/7, inclusive feriados
 - Gratuito para pessoas físicas
 - Múltiplas formas de iniciar pagamentos (QR Code, chave PIX, copia e cola)
 - Integração com diferentes instituições financeiras
 
Problemas que o PIX Veio Resolver
Antes do PIX, o sistema de pagamentos brasileiro enfrentava diversos problemas:
Lentidão nas transferências: DOCs e TEDs só funcionavam em dias úteis e horário comercial, podendo levar até 24 horas para serem processados.
Alto custo: Transferências bancárias tinham custos elevados, especialmente para pessoas físicas de menor renda.
Exclusão financeira: Muitos brasileiros não tinham acesso a serviços financeiros básicos devido à burocracia e custos.
Dependência de dinheiro físico: O Brasil ainda tinha forte dependência de moeda corrente para transações do dia a dia.
Fragmentação do sistema: Cada banco tinha seus próprios sistemas, criando barreiras para transferências entre instituições diferentes.
Objetivos do Banco Central
O Banco Central estabeleceu cinco objetivos principais para a criação do PIX:
- Aumentar a eficiência do Sistema de Pagamentos Brasileiro
 - Reduzir o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos usuários
 - Incentivar a inovação no mercado de pagamentos
 - Fomentar a inclusão financeira
 - Preencher uma lacuna importante que existia no mercado de pagamentos de varejo brasileiro
 
Timeline Completa: Como o PIX Foi Desenvolvido
2016: As Primeiras Ideias
A história do PIX começou em 2016, durante a gestão de Ilan Goldfajn como presidente do Banco Central. Neste período, a instituição começou a estudar sistemas de pagamentos instantâneos que estavam sendo implementados em outros países.
Marcos de 2016:
- Estudo dos sistemas Zelle (EUA) e sistemas europeus
 - Primeiras discussões internas no Banco Central
 - Análise das necessidades do mercado brasileiro
 - Identificação das limitações do sistema existente
 
Contexto econômico: O Brasil passava por uma grave crise econômica, e o Banco Central buscava soluções para modernizar o sistema financeiro e reduzir custos para a população.
2018: Início Oficial do Desenvolvimento
O desenvolvimento formal do PIX teve início em 3 de maio de 2018, durante o governo Michel Temer, com a publicação da Portaria nº 97.909 pelo Banco Central.
Principais ações de 2018:
- Maio: Criação do Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos
 - Junho-Dezembro: Estudos técnicos e regulamentares
 - Consultas ao mercado financeiro e instituições
 - Definição da arquitetura básica do sistema
 - Estabelecimento dos requisitos funcionais
 
Composição do Grupo de Trabalho:
- Representantes do Banco Central
 - Especialistas em tecnologia bancária
 - Representantes de bancos e fintechs
 - Consultores internacionais
 
2019: Especificações e Testes
2019 foi o ano das definições técnicas detalhadas e início dos desenvolvimentos práticos.
Janeiro-Junho 2019:
- Publicação das especificações técnicas
 - Definição das regras de funcionamento
 - Estabelecimento dos padrões de segurança
 - Início do desenvolvimento da infraestrutura central
 
Julho-Dezembro 2019:
- Testes iniciais da infraestrutura
 - Integração com instituições financeiras piloto
 - Refinamento das regras e procedimentos
 - Preparação da documentação final
 
Marco importante: Em setembro de 2019, o Banco Central anunciou oficialmente que o sistema seria chamado de “PIX” e seria lançado em 2020.
2020: Lançamento e Implementação
2020 foi o ano do nascimento oficial do PIX, marcado por um lançamento gradual e cuidadosamente planejado.
Fevereiro-Agosto 2020:
- Comunicação oficial do PIX ao mercado
 - Adesão das instituições financeiras
 - Testes em ambiente de produção
 - Campanhas de comunicação e educação
 
16 de Novembro de 2020:
- Lançamento oficial do PIX para o público geral
 - Início das operações 24/7
 - Primeiras transações instantâneas
 
Resultado imediato: Em apenas um mês, o PIX já havia processado mais de 100 milhões de transações, superando todas as expectativas iniciais.
2021-2024: Evolução e Novas Funcionalidades
Após o lançamento, o PIX continuou evoluindo com novas funcionalidades:
2021:
- PIX Saque e PIX Troco
 - Melhorias na segurança
 - Expansão para todos os bancos
 
2022:
- PIX Cobrança
 - Integração com carteiras digitais
 - Novos tipos de chave PIX
 
2023-2024:
- PIX Parcelado (em desenvolvimento)
 - PIX Internacional (fase de testes)
 - Novas medidas de segurança
 - Integração com Open Banking
 
Principais Responsáveis pela Criação do PIX
Ilan Goldfajn – Ex-Presidente do Banco Central
Ilan Goldfajn foi presidente do Banco Central de junho de 2016 a fevereiro de 2019, período crucial para a concepção do PIX.
Papel no PIX:
- Idealizador da modernização do sistema de pagamentos
 - Responsável pelas diretrizes estratégicas iniciais
 - Conduziu os estudos internacionais que inspiraram o projeto
 - Estabeleceu as bases da Agenda BC# (BC Mais)
 
Formação e experiência:
- Doutor em Economia pela Universidade de São Paulo
 - Ex-economista-chefe do FMI
 - Ampla experiência em política monetária internacional
 - Atual presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
 
Declaração famosa: “O PIX é filho do funcionalismo público brasileiro. Não é obra de uma pessoa, mas de toda uma equipe dedicada.”
Roberto Campos Neto – Atual Presidente do BC
Roberto Campos Neto assumiu a presidência do Banco Central em fevereiro de 2019 e foi fundamental para a implementação e lançamento do PIX.
Papel no PIX:
- Conduziu a fase final de desenvolvimento
 - Supervisionou o lançamento em 2020
 - Responsável pela evolução e expansão do sistema
 - Promoveu a inclusão financeira através do PIX
 
Conquistas na gestão:
- Lançamento bem-sucedido do PIX
 - Expansão para mais de 140 milhões de usuários
 - Desenvolvimento de novas funcionalidades
 - Reconhecimento internacional do sistema brasileiro
 
Equipe Técnica do Banco Central
Embora os presidentes tenham fornecido a liderança estratégica, o PIX foi criado pela dedicada equipe de servidores públicos do Banco Central.
Departamentos envolvidos:
Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decomfi):
- Análise da estrutura do mercado de pagamentos
 - Definição de regras de concorrência
 - Supervisão das instituições participantes
 
Departamento de Tecnologia da Informação (Deinf):
- Desenvolvimento da infraestrutura tecnológica
 - Sistemas de segurança e criptografia
 - Integração com sistemas bancários
 
Departamento de Regulação do Sistema Financeiro:
- Criação do framework regulatório
 - Normas de funcionamento
 - Supervisão e compliance
 
Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos
O Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos foi o órgão específico criado em 2018 para desenvolver o PIX.
Composição:
- 15 especialistas do Banco Central
 - Representantes de bancos tradicionais
 - Representantes de fintechs
 - Consultores internacionais especialistas em pagamentos
 
Principais contribuições:
- Definição das especificações técnicas
 - Estabelecimento dos padrões de segurança
 - Criação das regras operacionais
 - Desenvolvimento da marca e comunicação
 
Inspirações e Referências Internacionais
Zelle (Estados Unidos)
O Zelle foi uma das principais inspirações para o PIX. Lançado em 2017 nos Estados Unidos, o sistema permite transferências instantâneas entre bancos.
Características do Zelle:
- Transferências em tempo real
 - Integração com aplicativos bancários
 - Uso de número de telefone ou email como identificador
 - Foco na simplicidade de uso
 
O que o PIX aprendeu com o Zelle:
- Importância da simplicidade na interface
 - Uso de identificadores fáceis de memorizar
 - Necessidade de padronização entre bancos
 - Estratégias de adoção pelos usuários
 
Diferenças principais:
- PIX funciona 24/7, Zelle tem algumas limitações
 - PIX é gratuito para pessoas físicas, Zelle pode ter custos
 - PIX permite pagamentos comerciais, Zelle é mais focado em P2P
 
Open Banking (Reino Unido)
O Open Banking britânico influenciou os aspectos de abertura e competição do PIX.
Conceitos importados:
- Padronização de APIs entre instituições
 - Foco na concorrência e inovação
 - Regulamentação voltada para o consumidor
 - Transparência nos processos
 
Outros Sistemas Mundiais
UPI (Índia):
- Sistema de identificação única
 - Foco em inclusão financeira
 - Uso massivo de QR Codes
 
Faster Payments (Reino Unido):
- Pioneiro em pagamentos instantâneos
 - Padrões de segurança e confiabilidade
 
SEPA Instant (União Europeia):
- Padronização regional
 - Interoperabilidade entre países
 
Adaptações para a Realidade Brasileira
O PIX não foi uma cópia de sistemas internacionais, mas uma adaptação inteligente às necessidades brasileiras:
Características únicas do PIX:
- Funcionamento 24/7 real (muitos sistemas têm janelas de manutenção)
 - Gratuidade total para pessoas físicas
 - Múltiplas formas de iniciação (QR Code, chave, copia e cola)
 - Integração com programas sociais governamentais
 - Limites específicos para segurança noturna
 
Vantagens competitivas:
- Maior inclusão financeira que sistemas similares
 - Adoção mais rápida (record mundial)
 - Melhor experiência do usuário
 - Maior segurança integrada desde o início
 
Processo de Desenvolvimento Técnico
Estudos e Pesquisas Iniciais
O desenvolvimento do PIX começou com extensivos estudos sobre sistemas de pagamentos mundiais e análise das necessidades do mercado brasileiro.
Fases dos estudos:
Análise Internacional (2016-2017):
- Benchmarking de 15 sistemas internacionais
 - Visitas técnicas a bancos centrais de outros países
 - Estudos de caso de implementações bem-sucedidas
 - Identificação de melhores práticas globais
 
Pesquisa do Mercado Brasileiro (2018):
- Análise do comportamento dos consumidores
 - Mapeamento da infraestrutura bancária existente
 - Identificação das necessidades não atendidas
 - Consultas públicas com stakeholders
 
Definição de Requisitos (2018):
- Funcionalidades essenciais
 - Padrões de segurança
 - Requisitos de performance
 - Critérios de usabilidade
 
Criação da Infraestrutura
A criação da infraestrutura tecnológica do PIX envolveu decisões técnicas complexas e inovadoras.
Arquitetura do Sistema:
SPI – Sistema de Pagamentos Instantâneos:
- Núcleo central operado pelo Banco Central
 - Processamento de até 20.000 transações por segundo
 - Disponibilidade de 99,9%
 - Redundância geográfica
 
DICT – Diretório de Identificadores de Contas Transacionais:
- Base centralizada de chaves PIX
 - Criptografia de ponta a ponta
 - Capacidade para bilhões de registros
 - Tempo de resposta inferior a 100ms
 
Protocolos de Comunicação:
- APIs padronizadas (ISO 20022)
 - Certificados digitais obrigatórios
 - Logs auditáveis de todas as transações
 - Monitoramento em tempo real
 
Testes e Implementação
A fase de testes foi crucial para garantir a confiabilidade do sistema antes do lançamento.
Fases de Teste:
Testes Unitários (2019):
- Validação de cada componente individual
 - Testes de carga e performance
 - Simulações de falhas
 - Validação de segurança
 
Testes de Integração (2019-2020):
- Integração com bancos piloto
 - Testes end-to-end
 - Simulações de operação real
 - Treinamento das equipes
 
Testes em Produção (2020):
- Operação restrita com clientes selecionados
 - Monitoramento intensivo
 - Ajustes finais de configuração
 - Preparação para o lançamento público
 
Medidas de Segurança
A segurança foi uma preocupação central no desenvolvimento do PIX, incorporando as melhores práticas internacionais.
Camadas de Segurança:
Autenticação do Usuário:
- Autenticação forte obrigatória
 - Biometria quando disponível
 - Tokens de sessão únicos
 - Detecção de padrões anômalos
 
Criptografia:
- Criptografia de ponta a ponta
 - Certificados digitais para instituições
 - Chaves rotacionadas periodicamente
 - Padrões internacionais (RSA, AES)
 
Monitoramento e Prevenção:
- Análise comportamental em tempo real
 - Detecção de fraudes automática
 - Limites inteligentes baseados em risco
 - Bloqueios preventivos
 
Rastreabilidade:
- Log completo de todas as transações
 - Trilhas de auditoria indeléveis
 - Capacidade de investigação forense
 - Compliance com regulamentações
 
Governos e Gestões Envolvidas
Governo Michel Temer (2018-2019)
O governo Michel Temer foi fundamental para o início do desenvolvimento do PIX, especialmente através da liderança do Banco Central.
Contexto político-econômico:
- Brasil em processo de recuperação da crise de 2014-2016
 - Foco na modernização da economia
 - Agenda de reformas estruturais
 - Investimento em inovação tecnológica
 
Principais ações no período:
- Maio 2018: Criação oficial do Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos
 - 2018-2019: Desenvolvimento das especificações técnicas
 - 2019: Definição do nome “PIX” e das regras básicas
 - 2019: Início dos testes com instituições financeiras
 
Marco regulatório:
- Portaria nº 97.909 de 3 de maio de 2018
 - Criação da Agenda BC# (Banco Central Mais)
 - Foco na inclusão financeira e inovação
 - Estabelecimento das bases legais do sistema
 
Governo Jair Bolsonaro (2020-2022)
O governo Jair Bolsonaro presidiu o lançamento e a consolidação inicial do PIX.
Contexto do lançamento:
- Pandemia de COVID-19
 - Necessidade de pagamentos sem contato físico
 - Auxílio emergencial distribuído via PIX
 - Aceleração da digitalização da economia
 
Marcos importantes:
- 16 de novembro de 2020: Lançamento oficial do PIX
 - 2021: Expansão das funcionalidades (PIX Saque, PIX Troco)
 - 2022: Consolidação como principal meio de pagamento
 - 2022: PIX ultrapassa cartões como meio mais usado
 
Impacto da pandemia:
- PIX facilitou distribuição do auxílio emergencial
 - Redução do uso de dinheiro físico
 - Aceleração da inclusão financeira digital
 - Suporte às pequenas empresas
 
Governo Lula (2023-2024)
O governo Lula herdou um PIX já consolidado e tem focado em sua expansão e evolução.
Principais desenvolvimentos:
- Desenvolvimento do PIX Internacional
 - PIX Parcelado (em fase de implementação)
 - Integração com programas sociais
 - Foco na segurança e prevenção de fraudes
 
Continuidade das políticas:
- Manutenção da gratuidade para pessoas físicas
 - Apoio à inovação no sistema financeiro
 - Expansão da inclusão financeira
 - Modernização contínua do sistema
 
Continuidade das Políticas
Uma característica notável do PIX é a continuidade das políticas entre diferentes governos.
Fatores de continuidade:
- PIX como política de Estado, não de governo
 - Benefícios evidentes para toda a sociedade
 - Apoio técnico do Banco Central
 - Consenso político sobre sua importância
 
Resultados da continuidade:
- Evolução constante do sistema
 - Manutenção da confiança dos usuários
 - Investimentos contínuos em melhorias
 - Posição de liderança mundial mantida
 
Impacto e Resultados Obtidos
Números e Estatísticas Atuais
O PIX alcançou resultados impressionantes desde seu lançamento, superando todas as expectativas iniciais.
Usuários e Adoção:
- Mais de 140 milhões de usuários pessoas físicas cadastrados
 - 77% da população adulta brasileira já usa PIX
 - 15 milhões de estabelecimentos comerciais aceitam PIX
 - Mais de 800 instituições financeiras participantes
 
Volume de Transações:
- Mais de 65 trilhões de reais movimentados desde 2020
 - Média de 130 milhões de transações por mês em 2024
 - Pico de 206 milhões de transações em um único dia
 - Crescimento de 350% no primeiro ano de operação
 
Velocidade de Adoção:
- 1 bilhão de transações nos primeiros 6 meses
 - Record mundial de adoção de sistema de pagamentos
 - Tempo médio de 3 segundos por transação
 - 99,9% de disponibilidade do sistema
 
Transformação no Sistema Financeiro
O PIX provocou uma revolução no sistema financeiro brasileiro, alterando fundamentalmente como as pessoas e empresas lidam com dinheiro.
Mudanças estruturais:
Redução do uso de dinheiro físico:
- Queda de 40% no uso de cédulas e moedas
 - Fechamento de agências bancárias acelerado
 - Redução de custos operacionais dos bancos
 - Menos roubos e furtos envolvendo dinheiro
 
Democratização dos pagamentos digitais:
- Pequenos comerciantes passaram a aceitar pagamentos digitais
 - Eliminação da dependência de maquininhas de cartão
 - Acesso a serviços financeiros para populações não bancarizadas
 - Competição entre bancos aumentou significativamente
 
Inovação tecnológica acelerada:
- Desenvolvimento de novas fintechs
 - Investimentos em tecnologia pelos bancos tradicionais
 - Criação de novos produtos e serviços financeiros
 - Integração com outras tecnologias (Open Banking, PIX)
 
Inclusão Financeira no Brasil
O PIX teve um impacto transformador na inclusão financeira, levando serviços bancários a populações historicamente excluídas.
Resultados na inclusão:
Novas contas bancárias:
- 6 milhões de novas contas abertas desde o lançamento do PIX
 - Crescimento de 25% no número de pessoas bancarizadas
 - Acesso a serviços financeiros em cidades pequenas
 - Redução da exclusão financeira rural
 
Benefícios sociais:
- Distribuição mais eficiente de programas governamentais
 - Redução de custos para receber benefícios
 - Menos filas e burocracias para acessar dinheiro
 - Empoderamento financeiro de populações vulneráveis
 
Impacto em diferentes grupos:
Mulheres:
- 52% dos usuários PIX são mulheres
 - Maior autonomia financeira
 - Facilidade para pequenos negócios domiciliares
 - Redução da dependência de intermediários
 
Jovens:
- 78% dos jovens entre 16-25 anos usam PIX
 - Primeira experiência bancária para muitos
 - Facilidade para transações entre amigos
 - Educação financeira digital
 
Idosos:
- Crescimento de 400% no uso por pessoas 60+
 - Redução da necessidade de sair de casa para operações bancárias
 - Menor vulnerabilidade a assaltos
 - Facilidade de uso comparado a outros sistemas
 
Economia Gerada para Usuários
O PIX gerou economias significativas para usuários e empresas, democratizando o acesso a serviços financeiros.
Economias diretas:
Para pessoas físicas:
- R$ 6,8 bilhões economizados anualmente em tarifas
 - Eliminação de custos de DOC/TED para a maioria das transações
 - Redução de gastos com transporte para ir ao banco
 - Economia de tempo (avaliada em bilhões de reais)
 
Para empresas:
- R$ 12 bilhões economizados em custos de transação
 - Redução de custos com maquininhas de cartão
 - Melhoria no fluxo de caixa (recebimento instantâneo)
 - Redução de custos administrativos
 
Economias indiretas:
Para o sistema financeiro:
- Redução de custos operacionais dos bancos
 - Diminuição da necessidade de infraestrutura física
 - Economia com processamento de papel-moeda
 - Redução de custos com segurança
 
Para o governo:
- Economia na distribuição de benefícios sociais
 - Redução da economia subterrânea
 - Maior eficiência na arrecadação
 - Menores custos de fiscalização
 
PIX vs Sistemas Internacionais Similares
Tabela Comparativa: PIX x Zelle x MB Way x Bizum
CaracterísticaPIX (Brasil)Zelle (EUA)MB Way (Portugal)Bizum (Espanha)Ano de Lançamento2020201720162016Funcionamento24/724/7 com limitações24/724/7Custo para PFGratuitoVaria por bancoGratuito até limiteGratuito até limiteTempo de transaçãoAté 10 segundosPoucos minutosInstantâneoInstantâneoTipos de chaveCPF, telefone, email, QR Code, aleatóriaTelefone, emailTelefoneTelefoneLimite de valorConfigurável por bancoAté US$ 2.500/diaAté €5.000/mêsAté €1.000/mêsPagamentos comerciaisSimLimitadoSimSimQR CodeSimNãoSimSimUsuários ativos140+ milhões120+ milhões2,8 milhões20+ milhõesTaxa de adoção77% da pop. adulta45% da pop. adulta35% da pop. adulta60% da pop. adulta
Vantagens do Sistema Brasileiro
O PIX apresenta vantagens significativas comparado aos sistemas internacionais:
Vantagens técnicas:
Disponibilidade superior:
- Verdadeiro 24/7 sem janelas de manutenção programadas
 - Disponibilidade de 99,9% vs. 95-98% de outros sistemas
 - Funcionamento em todos os feriados nacionais
 - Capacidade de processamento superior
 
Diversidade de funcionalidades:
- Múltiplas formas de iniciar pagamento (5 tipos de chave)
 - QR Code nativo e integrado
 - PIX Saque e PIX Troco únicos no mundo
 - Integração com programas governamentais
 
Segurança avançada:
- Criptografia de ponta a ponta desde o início
 - Sistema de detecção de fraudes em tempo real
 - Limites inteligentes baseados em comportamento
 - Rastreabilidade completa das transações
 
Vantagens econômicas e sociais:
Gratuidade real:
- 100% gratuito para pessoas físicas sem exceções
 - Sem limites de valor ou quantidade para PF
 - Transparência total nos custos
 - Competição entre bancos beneficia consumidores
 
Inclusão financeira superior:
- Maior taxa de adoção mundial
 - Acesso para populações não bancarizadas
 - Simplicidade de uso para todas as idades
 - Redução efetiva da exclusão financeira
 
Impacto econômico:
- Maior volume de transações que sistemas similares
 - Crescimento mais rápido da economia digital
 - Redução significativa de custos para usuários e empresas
 - Estímulo à formalização da economia
 
Posição do Brasil no Cenário Mundial
O PIX colocou o Brasil na vanguarda mundial dos sistemas de pagamentos digitais.
Reconhecimentos internacionais:
Prêmios e menções:
- “Most Innovative Payment System” – Global Finance Magazine 2021
 - “Best Payment Innovation” – The Asian Banker 2021
 - Menção especial – Bank for International Settlements (BIS)
 - Case study – World Bank Digital Payments Initiative
 
Benchmarking internacional:
- Brasil lidera ranking de pagamentos instantâneos da McKinsey
 - PIX é referência para bancos centrais de 50+ países
 - Modelo estudado por FMI e Banco Mundial
 - Inspiração para sistemas em desenvolvimento na América Latina
 
Influência global:
- Consultorias do Banco Central brasileiro para outros países
 - Transferência de conhecimento para bancos centrais emergentes
 - Participação em fóruns internacionais de pagamentos
 - Desenvolvimento de padrões globais baseados na experiência brasileira
 
Curiosidades e Bastidores da Criação
Origem do Nome “PIX”
A escolha do nome “PIX” tem uma história interessante e foi resultado de um processo criativo cuidadoso.
Processo de naming:
- Mais de 100 nomes foram considerados inicialmente
 - Equipe de marketing do Banco Central conduziu pesquisas
 - Testes com grupos focais de diferentes regiões do Brasil
 - Análise de disponibilidade de domínios e marcas
 
Por que “PIX”:
- Pixel: Remete à tecnologia e ao digital
 - Pic: Som que lembra rapidez e agilidade
 - Fácil de pronunciar em todas as regiões do Brasil
 - Curto e memorável – apenas 3 letras
 - Sem significado pré-existente que pudesse gerar confusão
 
Alternativas consideradas:
- TBI (Transferência Bancária Instantânea)
 - Flash
 - Zip
 - Turbo
 - Instant
 
Decisão final: O nome PIX foi aprovado em reunião do Conselho Monetário Nacional em setembro de 2019, após meses de discussão e testes.
Desafios Durante o Desenvolvimento
O desenvolvimento do PIX enfrentou desafios técnicos e políticos significativos.
Desafios técnicos:
Infraestrutura de escala:
- Necessidade de processar milhões de transações simultâneas
 - Garantir latência baixa (menos de 10 segundos)
 - Disponibilidade 24/7 real sem janelas de manutenção
 - Integração com centenas de instituições diferentes
 
Segurança:
- Criar sistema mais seguro que os existentes
 - Balancear segurança com facilidade de uso
 - Implementar detecção de fraudes em tempo real
 - Estabelecer novos padrões de criptografia
 
Interoperabilidade:
- Integrar bancos com tecnologias muito diferentes
 - Criar APIs padronizadas aceitas por todos
 - Harmonizar processos entre instituições concorrentes
 - Garantir experiência uniforme para usuários
 
Desafios políticos e econômicos:
Resistência inicial dos bancos:
- Preocupação com perda de receita de tarifas
 - Investimentos necessários em tecnologia
 - Mudança de modelos de negócio estabelecidos
 - Competição com fintechs facilitada
 
Questões regulatórias:
- Criar marco legal totalmente novo
 - Equilibrar inovação com estabilidade financeira
 - Definir responsabilidades e obrigações
 - Estabelecer mecanismos de supervisão
 
Pressões do mercado:
- Expectativas altas da sociedade
 - Comparações com sistemas internacionais
 - Necessidade de funcionar perfeitamente desde o início
 - Cronograma apertado para desenvolvimento
 
Resistência Inicial dos Bancos
A resistência dos bancos foi um dos maiores obstáculos iniciais para o PIX.
Motivos da resistência:
Perda de receita:
- Bancos arrecadavam bilhões com DOC/TED
 - PIX gratuito eliminaria fonte importante de lucro
 - Redução de uso de cartões também afetaria receitas
 - Necessidade de repensar modelos de negócio
 
Investimentos necessários:
- Modernização de sistemas legados
 - Desenvolvimento de novas interfaces
 - Treinamento de equipes
 - Adaptação de processos internos
 
Competição aumentada:
- PIX facilitaria entrada de novos players
 - Clientes poderiam trocar de banco mais facilmente
 - Fintechs ganhariam vantagem competitiva
 - Diferenciação entre bancos seria reduzida
 
Estratégias de convencimento do BC:
Demonstração de benefícios:
- Redução de custos operacionais a longo prazo
 - Aumento da base de clientes
 - Melhoria da experiência do cliente
 - Possibilidade de novos produtos e serviços
 
Participação no desenvolvimento:
- Inclusão dos bancos nas discussões técnicas
 - Coleta de feedback e sugestões
 - Adaptações baseadas em necessidades específicas
 - Cronograma flexível para implementação
 
Marco regulatório claro:
- Definição de regras transparentes
 - Garantias de tratamento equitativo
 - Supervisão consistente e previsível
 - Incentivos para participação voluntária
 
Histórias dos Bastidores
A equipe que não dormia: Durante os meses finais antes do lançamento, a equipe técnica do Banco Central trabalhava praticamente 24 horas por dia. Muitos servidores dormiam no próprio prédio do BC para não perder tempo com deslocamento.
O teste que quase deu errado: Uma semana antes do lançamento oficial, durante um teste de carga, o sistema apresentou instabilidade. A equipe descobriu que um dos bancos participantes estava enviando dados em formato incorreto. Foi necessário reconfigurar todo o sistema em 48 horas.
A reunião secreta: Em julho de 2020, representantes dos cinco maiores bancos do país foram chamados para uma reunião “ultra-secreta” no Banco Central. O objetivo era convencê-los a acelerar a implementação devido à pandemia. A reunião durou 12 horas e foi decisiva para o cronograma.
O primeiro PIX da história: A primeira transação PIX oficial foi feita pelo próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, às 00h00 do dia 16 de novembro de 2020. Ele transferiu R$ 20 para um servidor do BC que estava monitorando o sistema.
A aposta perdida: Muitos especialistas internacionais apostaram que o PIX não conseguiria mais de 10 milhões de usuários no primeiro ano. O sistema superou essa marca em menos de 3 meses, gerando debates acadêmicos sobre modelos de previsão de adoção tecnológica.
O Futuro do PIX
Novas Funcionalidades Planejadas
O Banco Central tem uma agenda ambiciosa para a evolução do PIX nos próximos anos.
PIX Parcelado (2024-2025):
- Possibilidade de parcelar compras via PIX
 - Crédito pré-aprovado integrado ao sistema
 - Competição com cartões de crédito
 - Maior inclusão de pessoas sem cartão
 
PIX Débito Automático (2025):
- Pagamento recorrente automatizado
 - Substituição de débito em conta tradicional
 - Maior controle pelos usuários
 - Facilidade para cancelamento
 
PIX Garantido (2025):
- Sistema de garantias para transações comerciais
 - Proteção para compradores e vendedores
 - Integração com sistemas de escrow
 - Facilidade para e-commerce
 
PIX Offline (2026):
- Funcionamento sem conexão à internet
 - Uso de tecnologia NFC
 - Sincronização posterior com rede
 - Solução para áreas remotas
 
PIX Internacional
O PIX Internacional é uma das principais prioridades do Banco Central para expandir o alcance do sistema.
Fase atual de desenvolvimento:
- Testes piloto com Argentina, Paraguai e Uruguai
 - Desenvolvimento de protocolos de interoperabilidade
 - Negociações regulatórias bilaterais
 - Estudos de viabilidade técnica e econômica
 
Benefícios esperados:
- Facilidade para remessas internacionais
 - Redução de custos para brasileiros no exterior
 - Fortalecimento da integração regional
 - Projeção internacional do sistema brasileiro
 
Desafios a superar:
- Diferenças regulatórias entre países
 - Questões cambiais e de compliance
 - Integração tecnológica complexa
 - Estabelecimento de acordos bilaterais
 
Cronograma previsto:
- 2024: Testes com países vizinhos
 - 2025: Lançamento piloto regional
 - 2026: Expansão para outros mercados
 - 2027: PIX como padrão continental
 
Inovações em Desenvolvimento
Inteligência Artificial no PIX:
- Detecção de fraudes mais sofisticada
 - Personalização de experiência do usuário
 - Análise comportamental avançada
 - Prevenção proativa de golpes
 
Blockchain e PIX:
- Estudo de integração com tecnologias DLT
 - Maior transparência em transações específicas
 - Contratos inteligentes para pagamentos complexos
 - Interoperabilidade com criptomoedas
 
PIX e IoT (Internet of Things):
- Pagamentos automáticos entre dispositivos
 - Carros que pagam pedágio automaticamente
 - Eletrodomésticos que compram energia
 - Cidades inteligentes integradas
 
Expansão para Outros Países
O modelo PIX está sendo estudado e adaptado por diversos países ao redor do mundo.
Países em desenvolvimento de sistemas similares:
América Latina:
- México: Sistema de pagamentos instantâneos baseado no PIX
 - Colômbia: Adaptação do modelo brasileiro
 - Chile: Estudo de implementação em 2025
 - Peru: Projeto piloto em desenvolvimento
 
África:
- África do Sul: Consultoria técnica do Banco Central brasileiro
 - Nigéria: Adaptação para mercado local
 - Quênia: Integração com mobile money existente
 
Ásia:
- Filipinas: Projeto de pagamentos instantâneos inspirado no PIX
 - Tailândia: Modernização baseada na experiência brasileira
 - Vietnã: Estudos de viabilidade em andamento
 
Papel do Brasil como exportador de conhecimento:
- Consultorias técnicas para outros bancos centrais
 - Transferência de conhecimento via acordos internacionais
 - Participação em fóruns globais de pagamentos
 - Desenvolvimento de padrões internacionais
 
Perguntas Frequentes
1. Quem realmente criou o PIX?
O PIX foi criado coletivamente pelo Banco Central do Brasil, especificamente por sua equipe de servidores de carreira. Embora Ilan Goldfajn (ex-presidente do BC) tenha sido fundamental na concepção inicial e Roberto Campos Neto na implementação, o próprio Goldfajn afirma que “quem criou o PIX foi o funcionalismo público do Banco Central”.
2. Em que ano o PIX começou a ser desenvolvido?
O PIX começou a ser desenvolvido oficialmente em 2018, com a criação do Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos através da Portaria nº 97.909 de 3 de maio de 2018. No entanto, as primeiras ideias surgiram em 2016, durante estudos sobre sistemas de pagamentos internacionais.
3. Qual governo criou o PIX?
O PIX foi iniciado no governo Michel Temer (2018-2019) e lançado no governo Jair Bolsonaro (2020). O desenvolvimento começou em 2018 durante a gestão Temer e foi concluído em 2020 já no governo Bolsonaro. É importante notar que o PIX foi uma política de Estado, mantendo continuidade entre diferentes governos.
4. O PIX foi inspirado em qual sistema internacional?
O PIX foi principalmente inspirado no Zelle (Estados Unidos) e no Open Banking britânico. O próprio Ilan Goldfajn mencionou que começaram estudando o Zelle em 2016. No entanto, o PIX incorporou características únicas e melhorias significativas em relação aos sistemas que o inspiraram.
5. Por que o nome PIX foi escolhido?
O nome PIX foi escolhido por remeter a “pixel” (tecnologia digital) e por ser curto, fácil de pronunciar e memorizar. Foram consideradas mais de 100 opções, incluindo TBI, Flash, Zip e Turbo. PIX não é uma sigla e não tem um significado específico oficial.
6. Quanto tempo levou para desenvolver o PIX?
O desenvolvimento do PIX levou aproximadamente 2 anos e 6 meses, desde a criação oficial do grupo de trabalho em maio de 2018 até o lançamento em novembro de 2020. Se considerarmos desde as primeiras ideias em 2016, o processo total durou cerca de 4 anos.
7. Os bancos apoiaram a criação do PIX desde o início?
Não, inicialmente houve resistência significativa dos bancos, principalmente devido à preocupação com perda de receita de tarifas (DOC/TED). O Banco Central precisou demonstrar os benefícios e criar incentivos para a participação, além de estabelecer um marco regulatório claro.
8. O PIX é uma invenção 100% brasileira?
Sim, o PIX é uma criação genuinamente brasileira, embora tenha sido inspirado por sistemas internacionais. O Banco Central brasileiro desenvolveu características únicas como funcionamento 24/7 real, gratuidade total para pessoas físicas, múltiplos tipos de chave e funcionalidades como PIX Saque e PIX Troco.
9. Quantas pessoas trabalharam na criação do PIX?
Estima-se que cerca de 200 pessoas estiveram diretamente envolvidas no desenvolvimento do PIX, incluindo servidores do Banco Central, consultores externos, representantes de bancos e empresas de tecnologia. O núcleo principal era composto por aproximadamente 50 especialistas.
10. O PIX foi o primeiro sistema de pagamentos instantâneos do mundo?
Não, o PIX não foi o primeiro sistema mundial, mas é considerado o mais avançado e bem-sucedido. Sistemas como Faster Payments (Reino Unido, 2008) e UPI (Índia, 2016) vieram antes, mas o PIX se destaca pela rapidez de adoção, funcionalidades superiores e impacto social.
Conclusão
A história de quem criou o PIX é, na verdade, a história de como o Brasil conseguiu desenvolver o sistema de pagamentos mais avançado e inclusivo do mundo. Longe de ser obra de uma única pessoa, o PIX é o resultado do trabalho dedicado de centenas de servidores públicos brasileiros, liderados por uma visão estratégica clara e executada com excelência técnica.
Desde as primeiras ideias em 2016, passando pelo desenvolvimento oficial iniciado em 2018, até o lançamento revolucionário em 2020, o PIX representa o que há de melhor na capacidade brasileira de inovar e implementar soluções tecnológicas de impacto social.
Os verdadeiros criadores do PIX são:
- A equipe técnica do Banco Central do Brasil
 - Os servidores públicos que dedicaram anos ao projeto
 - A liderança visionária de presidentes como Ilan Goldfajn e Roberto Campos Neto
 - O apoio de diferentes governos que mantiveram a continuidade das políticas
 
Hoje, com mais de 140 milhões de usuários e trilhões de reais movimentados, o PIX não apenas revolucionou os pagamentos no Brasil, mas se tornou referência mundial e fonte de orgulho nacional. Sua história demonstra como políticas públicas bem executadas podem transformar a vida de milhões de pessoas e posicionar o país na vanguarda da inovação global.
O PIX é muito mais que um sistema de pagamentos – é a prova de que o Brasil pode criar soluções tecnológicas mundialmente reconhecidas quando combina visão estratégica, competência técnica e foco no interesse público.
Quer saber mais sobre inovações do sistema financeiro brasileiro? Acompanhe nossos conteúdos sobre tecnologia e economia digital, e deixe nos comentários suas experiências com o PIX ou dúvidas sobre seu desenvolvimento.
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